... Com apenas 3 anos de idade, desapareceu do seu quarto (na Praia da Luz - Algarve) a pequena MADDIE. Acerca deste assunto, plagiamos descaradamente o Bitates para exprimir uma opinião:
Há muita coisa mal explicada neste caso da miúda inglesa desaparecida. Ao que parece, todas as pistas indicam que foi um estrangeiro a levar a criança. Como é que ele sabia que as crianças estavam sozinhas naquele dia? Era prática corrente dos pais deixar as crianças sozinhas? Quem sabia disso? Quem os vigiava para saber qual era a melhor altura para agir? Uma coisa sabemos, era alguém que conhecia a família e a vigiava há algum tempo. O sucesso do rapto é prova. A seguir temos todo o circo mediático promovido pelos órgãos portugueses primeiro e depois pelos britânicos que, como se sabe, ainda são mais obtusos e ávidos que os portugueses. Estes crocodilos tentam tirar o mais que podem da tragédia alheia. Não pensem que eles estão preocupados com os pais da menina, eles estão apenas preocupados em como fazer dinheiro à custa de mais um escândalo. Todos sabemos que se a criança fosse portuguesa nada deste circo policial se criaria. Seria tudo investigado e finalmente devidamente ARQUIVADO como aconteceu em muitos casos semelhantes. Portanto este provincianismo português de querer lavar a cara do Algarve para não perder turistas é revelador do nosso país. Pelo outro lado temos aqueles que dizem que se trata de um caso de negligência para justificar a tragédia. Ou seja, inferem que estamos rodeados por possíveis raptores e assassinos todos os dias. Isso até pode ser verdade. Mas não me podem obrigar a viver desse modo e obrigar os meus filhos a viver desse modo. Eu costumava dizer com alguma crueldade e ironia “se alguém um dia raptar a minha filha, coitados dos raptores…” não por ela ser má ou feia ou qualquer outra dessas coisas, mas porque ela se saberia defender… e é só isso que temos de fazer às crianças: dar-lhes ferramentas para se poderem defender sozinhas quando for preciso. Achar que os pais que deixam crianças sozinhas enquanto tomam um café ou uma cerveja a um quarteirão de distância são negligentes é viver no medo, viver na paranóia de que a qualquer momento alguma coisa de errado irá acontecer - mesmo que a probabilidade de isso acontecer seja de 1 para 1 000 000. Viver deste modo é como andar todos os dias de galochas porque pode haver uma inundação ou andar sempre debaixo da soleira de portas porque pode haver um terramoto. Isto é risível, por isso também é risível viver no medo de que alguém possa raptar os nossos filhos a qualquer momento. O facto de isso acontecer de vez em quando não nos pode levar a viver de acordo com esse sentimento. Eu não sou um bicho.
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