terça-feira, outubro 30, 2007

Um tipo optimista...

... Michael Kriess é um austríaco que lançou uma petição para retirar a Áustria do EURO 2008, que por acaso vai ser também na Áustria. Diz ele: "Decidi lançar a petição após o jogo com o Japão, em Setembro (0-0), no qual não tivemos um único remate à baliza ou sequer um canto.” Com mais de dez mil assinaturas recolhidas, Kriess – filho de um antigo internacional austríaco, Werner Kriess – espera que esta agitação sirva para trazer mudanças no futebol do país. “É um pedido utópico, mas com esta ironia estamos a chamar à atenção para a necessidade de haver mudanças”, explicou ao Correio Sport, garantindo ainda que conta com o apoio do pai. “Ele conhece o futebol na Áustria e sabe dos problemas que existem. Disse-me que estava farto dos dirigentes da ÖFB (Federação Austríaca de Futebol). Eles arruinaram o futebol”, disse. De acordo com o ‘fundador’ da petição ‘Áustria mostra coragem – Iniciativa para um Europeu sem a Áustria’ (www.rueckgrat.cc), os clubes e associações locais têm “mantido no país os jovens”, pagando ordenados “milionários e muitas vezes além das suas possibilidades”. “Com isto impede-se que os atletas joguem em campeonatos competitivos e evoluam. A ÖFB lançou um programa que custou milhões de euros e não produziu os resultados desejados: formar uma equipa jovem e competitiva para o torneio”, disse. De facto, os números falam por si: em dez jogos realizados em 2007, a Áustria venceu um (Costa do Marfim), empatou cinco (Malta, Gana, Paraguai, Rep. Checa e Japão) e perdeu quatro (França, Escócia, Chile e Suíça). Deste modo, Kriess, embora destaque alguns valores na selecção – “Pogatetz (Middlesbrough), Roland Linz (Sp. Braga) e Weissenberger (Frankfurt) são dos poucos talentosos” – não tem dúvidas: “Nem um golo vamos marcar no Euro. Somos a 85.ª selecção no ranking da FIFA e a equipa mais fraca na história do torneio.” A petição indignou alguns austríacos, entre os quais Andreas Herzog, antigo jogador e recordista de internacionalizações (103). “Ele disse que os que assinaram a petição são idiotas. Recebemos perto de seis mil e-mails de apoio e apenas 70 a criticarem-nos”, revelou Kriess. Contactada pelo Correio Sport, a federação austríaca optou por não dar importância ao assunto. “Somos um país livre. Qualquer cidadão pode começar uma petição. Não há mais nada a dizer”, afirmou o director de imprensa, Peter Klinglmüller.

Fonte: Correio da Manhã

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