O Poder da Informação...

... decidi há algum tempo não comentar, postar, seja o que for sobre o campeonato português neste blog. Não porque não goste de futebol. Gosto, sempre gostei, não perco o sono por causa de futebol, mas gosto de ver um bom jogo. Por consequência, o pavoroso futebol português interessa-me tanto como a composição química da saliva de barata. É demasiado triste para ser verdade. E esta introdução serve apenas para enquadrar as linhas seguintes. É sobre futebol como podia ser sobre a crise, o Magalhães, as mamas da Floribela ou mesmo a vida sexual da Elsa Raposo. Acontece que li isto:

Quique repreende Balboa no início do treino

Ora, pelo título somos levados a pensar que o tipo aprontou outra vez. Lendo o conteúdo da notícia, temos o seguinte:

O treinador do Benfica chamou à distância a atenção do atacante espanhol (cedido pelo Real Madrid), Balboa respondeu-lhe com os braços abertos, em jeito de incompreensão.

Os jogadores que estavam no mesmo grupo que o visado também tiveram de dar duas voltas ao relvado do Seixal, ou seja, Suazo, Luisão, Sidnei, Cardozo, Katsouranis, Jorge Ribeiro, Reyes, Fellipe Bastos, Mantorras e os juniores Abel e João Pereira, na sequência da troca de palavras entre Balboa e Quique Flores.

Tradução: um grupo de jogadores não se aplicou como devia e foi "castigado". Nada mais, nada menos. No entanto, o Mais Futebol, que sendo um órgão de informação se devia pautar pela isenção, decide fazer uma manchete com uma não notícia. Quando se fala da qualidade dos políticos, que é baixa, se calhar devíamos pensar também na qualidade da informação e dos órgão de informação. No caso do Mais Futebol é baixíssima. Este é um bom exemplo. Até porque a informação é tudo. Veja-se a preocupação que o nosso PM tem com a informação que nos chega. A informação é uma arma de destruição maciça, quando trabalhada de certas maneiras. Por isso é triste que no nosso país as coisas estejam neste ponto.