quinta-feira, agosto 16, 2007

Mão Morta em Paredes de Coura...

... Adolfo Luxúria Canibal falou num "adeus ao rock'n'roll", mas, do lado do público, todos preferiram não levar a sério a notícia do desfecho de uma das mais importantes histórias da música portuguesa. No seu quinto concerto em Coura, os Mão Morta optaram por um alinhamento de clássicos, outros êxitos e "um milagre. Em noite de chuva, vocês criam poeira", pasmou-se Canibal. A frase, que ficou a martelar na cabeça de muita gente – para uns ‘era tanga’, mas outros levaram o aviso a sério –, não passou, contudo, de uma brincadeira de Adolfo Luxúria Canibal. O que não impediu um coro de interrogações: “Será que vão mesmo acabar?”; “Será que vão trocar a linguagem que lhes deu culto pela performance teatral na linha de ‘Maldoror’?”, perguntaram muitos. “Se fosse Papa diria que estais com uma auréola muito estranha. Milagrosa. Apesar da chuva e da lama, conseguis levantar poeira”, disse Adolfo mais adiante, como quem declama, antes de ‘Vertigem’, num alinhamento irrepreensível.

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