quarta-feira, fevereiro 06, 2008

50 anos depois...


... O Desastre aéreo de Munique aconteceu a 6 de Fevereiro de 1958, quando o voo BE609 da empresa Britânica British European Airways, um Airspeed Ambassador, que levava jogadores e directores do Manchester United mais jornalistas e alguns adeptos se despenhou numa tempestade de neve quando tentava descolar pela terceira vez do aeroporto de Munique. O Manchester estava a regressar de Belgrado onde tinha jogado com o Estrela Vermelha de Belgrado para a Liga dos Campeões da UEFA e tinha parado em Munique para reabastecer. Essa equipa era na altura a principal candidata a ganhar a Taça dos Campeões Europeus e tinha acabado de garantir a passagem às meias-finais da competição. Conseguira-o na Jugoslávia, em Belgrado, num empate a três golos com o Estrela Vermelha. Um avião demasiado frágil e uma tempestade severa... Regressava por isso numa clima de festa que acabaria de terminar em tragédia. O frágil BEA Elizabethan G-ALZU, movido a hélice, não tinha capacidade de depósito para combustível que permitisse fazer a viagem até Manchester sem uma escala. Por isso já estava prevista uma paragem em Munique para reabastecimento do avião. No embarque em Belgrado já nevava e já se adivinhavam por isso as dificuldades que a viagem significaria. Em Munique, porém, o mau tempo era bem pior. A tripulação conseguiu aterrar, com algumas dificuldades. A comitiva aproveitou para beber uma bebida quente no aeroporto. Seria a última para oito jogadores. Após duas descolagens abortadas por problemas num motor, o avião arrancou mesmo à terceira. E à terceira não foi de vez. Quando já seguia num ponto sem retorno, o motor deixou de funcionar. O avião caiu a pique, deslizou pela pista até sair fora das fronteiras do aeroporto e embater contra uma casa . O pronto-socorro foi rápido, mas de nada valeu. De nada valeu para Byrne, Geoff Bent, Eddie Colman, Mark Jones, David Pegg, Tommy Taylor, Liam Whelan e sobretudo o incomparável Duncan Edwards, por essa altura a estrela maior de uma equipa muito promissora. Perderam também a vida, para além dos oito jogadores, dois treinadores-adjuntos, o secretário-geral do clube, dois membros da tripulação, oito jornalistas e mais dois passageiros. Matt Busby e o jovem Bobby Charlton sobreviveram miraculosamente.

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