segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Sobre a inauguração da estação do Rossio...

... o que tem em comum uma inauguração, uma estação de comboios, uma escada rolante a arder, e uma lata de sardinhas? Aparentemente nada. Mas... afinal tem tudo a ver. Este sábado assistiu-se à tão aguardada inauguração da refeita estação do Rossio, onde até José Sócrates, o nosso primeiro, chegou num comboio, que a partir de hoje, segunda-feira, vai passar a ser alvo de multidões que nem sardinhas em lata (lá está), assaltos, atrasos, vandalismo, enfim, o normal da linha de Sintra. Ora acontece que neste fim de semana oferecem-se viagens. Humm, e como toda a gente sabe, nós portugueses temos nos genes uma coisa, se alguém está a dar alguma coisa, essa coisa tem de ser nossa, nós temos de a ter o quanto antes, mesmo que a tal coisa não nos sirva para nada. Pois, pergunto eu, se a oferta fosse uma viagem na linha da Beira-Baixa, pois tá bem, agora a oferta era uma viagem na linha de Sintra, onde se podem ver paisagens como a Reboleira, Damaia, Amadora ou Queluz. Sou só eu que acho isto estranho. E mais: era tanta gente que a escada rolante, já com a língua de fora, deu de si e começou a fumegar, que nem as locomotivas antigas que antigamente serviam a estação do Rossio. E foi delicioso assistir na RTP a correria das pessoas para dentro do comboio, ficava o dito mais cheio que numa segunda, e dizia a rapariga entrevistada: Isto está tão cheio que eu não vejo nada. Mais, passado uns instantes alguém informou que aquele comboio era só para exposição e não ia a lado nenhum.


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