sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Por falar em formatos de video...

... lembrei-me que Há muito muito tempo, e não não vou falar de José Cid nem da série Conta-me Como Foi, há muito tempo, dizia eu, havia um formato chamado Laserdisc. Este tinha esta forma:



LD ou Laserdisc foi o primeiro disco óptico de armazenamento de áudio e vídeo disponível ao público. A tecnologia foi demonstrada em 1972 num prótotipo das empresas MCA e Philips e estava disponível no mercado a partir de dezembro de 1978 em Atlanta, Geórgia nos Estados Unidos como MCA DiscoVision. Neste mesmo ano a Pioneer Electronics também licenciou o formato e passou a distribuí-lo como Laser Videodisc. Em 1980 o nome foi resumido para LaserDisc e logo depois em 1981 para Laserdisc sem letras maiúsculas no meio. No final da década de 90 estimativas indicavam que o Laserdisc estava presente em 2% dos lares norte-americanos e em 10% das residências japonesas. Na europa o Laserdisc sempre foi resumido a nichos entusiastas. Hoje em dia desapareceu devido ao DVD e apenas no Japão há noticias de clubes de coleccionadores. Frente ao VHS o Laserdisc carregava muitas vantagens. Resolução de 420 linhas (NTSC) contra 240 linhas (NTSC); possibilidade de áudio com qualidade de CD incluindo até quatro línguas num mesmo disco; áudio multi-canal; vida útil estimada em mais de cinquenta anos; diferente das fitas magnéticas a reprodução não acarretava desgaste pois não havia contacto físico entre o laser e a média; o disco óptico é de produção bem mais económica que a fita magnética utilizada no VHS, estas contém muitas partes móveis que encarecem sua fabricação. Mas com trinta centímetros de diâmetro o Laserdisc era um tanto desajeitado, difícil de manusear e bem menos robusto que uma fita magnética. Por causa de seu tamanho avantajado necessitava de reprodutores com motores potentes o que trazia ruídos à sua reprodução. Cada lado do disco armazenava pouco mais de uma hora de conteúdo, o que obrigava ao incómodo de "virar o disco" para continuar assistindo ao filme. Mesmo quando o reprodutor Auto-Reverse poupava o usuário da tarefa de virar o disco, ainda assim havia uma grande possibilidade da produção continuar noutro disco, obrigando o usuário a trocar o disco no meio do filme. Provavelmente a maior desvantagem do LD frente ao VHS foi sua incapacidade de ser gravado. Não existiram "gravadores de LD" à venda no mercado.

Saber mais: Laserdisc

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