Esta mulher é Susan Atkins. Na primeira imagem tinha 21 anos, na segunda tinha 60 anos (2008). Susan Atkins, apesar do ar angelical da segunda fotografia é, nem mais nem menos, a assassina que matou (com outros cúmplices), em 1969, a célebre actriz de Hollywood (e mulher do realizador Roman Polanski) Sharon Tate, uma das mais talentosas e belas mulheres da década de 60.
Atkins pertencia à "Manson Family", a seita de fanáticos liderada por Charles Manson. Foi ela quem apunhalou até à morte Sharon Tate, grávida de oito meses de Polanski, argumentando estar sob os efeitos do LSD no momento do assassinato. Nunca manifestou qualquer arrependimento pelo brutal acto (um massacre no qual foram mortas mais 7 pessoas). Segundo a própria explicou às autoridades em 1993, Tate rogou à assassina que deixasse com vida o bebé que esperava. "Disse-lhe que não tinha misericórdia dela", respondeu Atkins, segundo as suas próprias palavras. Foi também Susan Atkins que escreveu na porta da casa de Tate, com sangue da vítima, a mensagem "death to pigs".
A condenada, que cumpre pena de prisão perpétua (inicialmente foi condenada à morte mas a pena foi comutada) numa prisão de Chowchilla, passou os últimos 40 anos em prisão, mais que nenhuma outra mulher actualmente prisioneira no estado da Califórnia, segundo as autoridades locais. Há um ano, a condenada pediu ao tribunal liberdade condicional alegando estar gravemente doente. O pedido foi negado. Ontem, o mesmo tribunal rejeitou um segundo recurso da assassina com o intuito de sair da prisão e morrer em liberdade, uma vez que tem uma perna amputada, outra paralisada e sofre de cancro cerebral terminal.
Por seu lado, o autor moral e principal instigador daquele massacre, o mítico (pelos piores razões) Charles Manson, autêntica figura de culto para muita gente ao ponto de se ter tornado um ícone da cultura pop, goza de melhor saúde e também solicitou (por 11 vezes!) liberdade condicional. Negada, claro.
Tenho para mim que homens e mulheres que assassinam, com uma brutalidade invulgar e sem pingo de piedade, pessoas inocentes, sem que revelem indícios posteriores de arrependimento, deverão viver, até ao último suspiro, na prisão (perpétua é perpétua). Com ou sem cancros, com ou sem saúde, jovens ou velhos. A justiça deve ser cumprida até às suas últimas consequências.
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