... agora que a história recente do ténis parece estar em tempo de mudanças, transcrevo e assino por baixo o esta crónica do Maradona:
Com efeito, vou-me matar. Eu próprio, apesar de ler literatura quase todos os dias, tenho muita dificuldade em imaginar como é que Roger Federer vai lidar com esta derrota. Também foi a partir dos 26 anos que a carreira do Sampras começou a decair a olhos vistos, mas o metralhadora pete ainda teve energia e arte para ganhar três Wimbledons e, depois de três anos sem vitórias, ganhar um US Open aos 31 aninhos. Ou seja, com a idade de Federer, Sampras tinha menos dois salames grandes que Federer. O problema é que Federer é um gajo que tem a mania que anda atrás da história e o caralho, o que causa ansiedade. Aliás, ao contrário do que os histéricos da Sport Tv andaram para ali a dizer, e mesmo considerando a inacreditável qualidade técnica do encontro desta tarde (nesse aspecto talvez o melhor que quase vi na vida), esta final, para além da duração, não teve nada de "épico". Nadal esteve sempre à frente dos pontos, e qualquer pessoa percebia que o espanhol estava melhor que o do país neutral. Os sets ganhos por Federer foram sempre no tie break, com match points contra Federer incluidos e tudo. Aliás, já o ano passado um cheirinho a injustiça passou para este lado da mancha quando vimos Nadal a desperdiçar oito break points no quinto set. Para Federer matar pelo menos mais dois slams, precisa de se consciencializar que já não é o melhor: à frente dele já cantam Nadal e Djokovic (e já vem aí o Gulbis), pelo que é a vez dele de apostar, modestamente, no erro e nas baixas de forma dos adversários. Rezar, portanto. Rezar muito e trabalhar muito. No meu entender, se trabalhar e limpar a cabeça do fantasma da "história", merece que venha a ter essa sorte.
Com efeito, vou-me matar. Eu próprio, apesar de ler literatura quase todos os dias, tenho muita dificuldade em imaginar como é que Roger Federer vai lidar com esta derrota. Também foi a partir dos 26 anos que a carreira do Sampras começou a decair a olhos vistos, mas o metralhadora pete ainda teve energia e arte para ganhar três Wimbledons e, depois de três anos sem vitórias, ganhar um US Open aos 31 aninhos. Ou seja, com a idade de Federer, Sampras tinha menos dois salames grandes que Federer. O problema é que Federer é um gajo que tem a mania que anda atrás da história e o caralho, o que causa ansiedade. Aliás, ao contrário do que os histéricos da Sport Tv andaram para ali a dizer, e mesmo considerando a inacreditável qualidade técnica do encontro desta tarde (nesse aspecto talvez o melhor que quase vi na vida), esta final, para além da duração, não teve nada de "épico". Nadal esteve sempre à frente dos pontos, e qualquer pessoa percebia que o espanhol estava melhor que o do país neutral. Os sets ganhos por Federer foram sempre no tie break, com match points contra Federer incluidos e tudo. Aliás, já o ano passado um cheirinho a injustiça passou para este lado da mancha quando vimos Nadal a desperdiçar oito break points no quinto set. Para Federer matar pelo menos mais dois slams, precisa de se consciencializar que já não é o melhor: à frente dele já cantam Nadal e Djokovic (e já vem aí o Gulbis), pelo que é a vez dele de apostar, modestamente, no erro e nas baixas de forma dos adversários. Rezar, portanto. Rezar muito e trabalhar muito. No meu entender, se trabalhar e limpar a cabeça do fantasma da "história", merece que venha a ter essa sorte.