segunda-feira, março 17, 2008

Diane Arbus - Girl in a watch cap


Ninguém passa impunemente diante de uma fotografia feita por Diane Arbus. A imagem desconcerta o nosso olhar e permanecemos capturados pela estranha sensação que ela provoca. As suas fotografias tocam no fundo da alma deixando na memória um traço, marcado como um arranhão. Nas décadas de cinquenta e sessenta, Diane Arbus, munida de uma Rolleiflex, mudou os rumos da fotografia ao procurar nas pessoas comuns das ruas de Nova Yorke os seus modelos. Apesar de pertencer a uma família da alta burguesia e de ser fotógrafa de moda, Arbus optou por fazer de sua arte fotos despojadas de qualquer glamour. Os retratos são sempre em preto e branco. Percebe-se que seus modelos posam estáticos para ela, o olhar fixo na máquina fotográfica. O que vê-se são pessoas cruamente expostas em sua precária condição humana, fortemente marcadas por um traço, ou vários, que as insere num grupo específico, uma comunidade ou o que hoje modernamente chamamos de uma “tribo”: imigrantes, travestis, velhos, nudistas, mascarados, actores, “freeks”, etc. Com isso Arbus abre um curioso diálogo entre aparência e identidade, ilusão e crença, teatro e realidade.

Para conheçer melhor: Diane Arbus Photo Gallery

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