quarta-feira, junho 11, 2008

5. A Cidade

... a primeira impressão de Nova Iorque é: eu já aqui estive. Claro que todos os filmes que já vimos nos dão essa ilusão, e o que é facto é que a cidade é mesmo como a vemos. Querem saber como é o metro de NYC? Vejam o Seinfeld. Querem saber como são os taxi's? Vejam O Sexo e a Cidade. E graças ao hotel onde estávamos a questão dos edifícios enormes é logo confirmada, da janela do hotel onde estava podia ver o Chrisler Building e o Metlife Building. Ahh, isto tudo depois de passar pela famosa Migra, os serviços de imigração dos EUA. São uns tipos engraçados estes americanos. Por falar em americanos, no avião ao meu lado, ia um senhor já de uns 70 anos, com a sua madame, da mesma idade. Primeiro é de notar o elevado stock de laranjas que a senhora trouxe com ela para o avião. De vez em quando lá se sentia a fragrância citrina pelo avião inteiro. Ora à frente dele ia uma rapariga bastante "agradável", espanhola que vai não vai levantava-se e fazia uns exercícios que eu confesso eram bastante atraentes de se assistir. Ora acontece que quando ela fazia os tais exercícios, quase de seguida a senhora levantava-se para ir à casa-de-banho. Esta sequência de acontecimentos passou-se pelo menos três vezes. Agora o melhor era que quando a senhora ia à casa-de-banho o homem de pé iniciava uns movimentos pélvicos contra o banco bastante esclarecedores. Sim, esses mesmos que estão a pensar. Era um tuca tuca tuca a uma velocidade extremamente reduzida que nem um coelho idoso. Ora a minha teoria era que o senhor via a espanhola a fazer aquelas espanholadas (no sentido não pornográfico do termo), lembrava-se dos tempos de juventude e cá vai disto. Findo o aparte e regressando à cidade de NYC é como vos digo: respira-se aquele ambiente, os táxis, as multidões nas ruas, as barraquinhas de cachorros e outras comidas, os chineses, os judeus, sim chineses e judeus era tanta gente de olhos em bico e de pires de pano na cabeça que eu por vezes tinha de lutar contra estas multidões e até pensava que me tinha teletransportado para outro país qualquer. E mais: os edifícios, os restaurantes de todos os países, aqueles lugares como Wall Street, as Nações Unidas, o Ground Zero, a Estátua da Liberdade, Times Square, o caos, a indiferença, enfim... só vendo, só estando lá e sentir (e agora umas linhas extremamente poéticas) o pulsar da cidade, a vida, o pulmão que é o Central Park, ahh l'amour, les hot dog, les cheseeburreguérres, ahhh... ahh porque raio é que estou a escrever em francês para falar de NYC?

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